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Custo de oportunidade em armazém – Nível Fazenda

Custo de Oportunidade é um conceito que mensura quanto custa aquilo que se deixa de fazer quando é preciso fazer uma escolha. A todo momento, é possível nos deparar com a escassez, portanto, precisamos fazer escolhas e, ao escolher X, abdicamos da possibilidade de Y.

Mas, afinal de contas, esse assunto possui relação com armazenamento de grãos?

Ao decidir construir um armazém em sua fazenda, o produtor busca alguns benefícios, tais como:

  • Reduzir custos de transporte;
  • Fugir de filas durante a colheita;
  • Comercialização em período mais adequado.

Muitos produtores têm investido em estruturas próprias de armazenamento, tentando minimizar os problemas que enfrentam principalmente nos períodos de colheita. Ainda temos um longo caminho pela frente, até atingir um montante razoável de armazenamento nível fazenda. Países como USA e Argentina estão mais estruturados nesse sentido.

Após a construção do armazém é necessário que o produtor encare a unidade armazenadora como um Centro de Custo, ou seja, um local que agrupa DESPESAS e RECEITAS. Assim como a atividade agrícola que possui suas RECEITAS e DESPESAS, um Armazém, mesmo que dentro da propriedade, deve ser avaliado através do seu próprio desempenho. E é aí que entra o conceito de custo de oportunidade.

Ao depositar o grão oriundo da própria fazenda o produtor deve ter em mente o conceito de Custo de Oportunidade, ou seja, o mesmo espaço utilizado por ele poderia ser ocupado por um terceiro (família ou não) e, neste caso, o armazém receberia pela movimentação dos grãos. Partindo dessa premissa, o produtor (empresário) deve:

  • Pesquisar o valor de mercado praticado pelos serviços de padronização e armazenagem de grãos em sua região;
  • Aplicar tabela de classificação utilizada no mercado;
  • Cobrar serviços de Recepção/Expedição e Armazenagem conforme a movimentação de cada fazenda.

Ao realizar essas práticas, conseguirá ter uma visão clara das possíveis receitas que aquele centro de custo (armazém) teria. Separando o movimento de cada fazenda do grupo (esposa, filhos, irmãos etc.), é possível fazer uma analise econômica financeira do Armazém separado das demais atividades.

Neste cenário, cada inscrição estadual seria um cliente e a movimentação geraria um montante de receita que, somadas, seriam as entradas de caixa. Obviamente, esse montante não seria pago pelo próprio produtor, uma vez que o Armazém faz parte da atividade. Porém, para efeitos de cálculos econômicos, essa conta se faz necessária.

Tendo em mãos as receitas (estimadas) e os custos/despesas, o produtor (empresário) terá em mãos informações valiosas para  avaliação do seu centro de custo (armazém).

Para gerir todas essas informações, o produtor (empresário) pode utilizar Excel para gestão desses dados, por exemplo, ou um sistema de gestão (ERP), que controle não somente o fluxo financeiro como também as entradas e saídas de grãos de maneira automática, liberando, assim, o tempo para a realização de atividades estratégicas.

João Ferreira

Diretor Comercial SIACON | Transformando via Software a Operação de Armazéns e Terminais de Grãos

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