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Importância e Riscos da Quebra Técnica nos Armazéns

O objetivo principal de um Armazém Geral de grãos que recebe milho, soja e trigo, por exemplo, é propiciar meios de manutenção durante o período de estocagem das características (biológicas, químicas e físicas) que os mesmos possuíam imediatamente após a colheita. Esses grãos, posteriormente, irão abastecer agroindústrias nacionais e ao redor do globo, para os fins mais diversos (rações, óleos, energia, alimentação humana, etc).

Um dos fatores críticos e que determinam o sucesso do processo de armazenamento é a umidade dos grãos. A alta umidade ocasiona problemas durante a armazenagem, pois cria condições favoráveis ao desenvolvimento de insetos e fungos, aumenta a taxa de respiração, que por sua vez resulta na elevação da temperatura dentro dos silos. Esses fatores podem levar a uma quebra dessa massa de grãos.

Como os grãos são depositados em Pool (vários produtores), existe um risco elevado de quebra dessa massa, e quanto maior o prazo de armazenagem, maior a previsão de quebra. Por questões mercadológicas, em determinados momentos as negociações de commodities podem ficar travadas, principalmente por questões de preço. Quando isso ocorre, o carregamento de estoques é uma necessidade. Nesses momentos, os grãos ficam armazenados por longos períodos, elevando os riscos de quebra técnica das unidades armazenadoras, o que é sinônimo de prejuízo.

Como prevenção, o mercado aplica por default uma taxa de 0,01% ao dia de quebra técnica, ou seja, o equivalente a 0,3% ao mês. Existem ainda algumas variações, como quinzena fechada, móvel e aplicação de free time. Todas essas variáveis dependem do modo do Armazém trabalhar, podendo ainda sofrer alterações conforme o contrato.

Existem discussões no Brasil sobre se deveríamos usar o mesmo percentual de quebra para todas as localidades. Afinal, um país de extensão continental deve apresentar diferentes quebras e, portanto, o mercado teria que buscar percentuais mais próximos da realidade local.

Não existem dúvidas de que ocorrem significativas perdas de peso durante o armazenamento de grãos. Na sua região, como é tratada a quebra técnica? Sua empresa a aplica? São utilizados padrões de mercado?

Essas são questões relevantes, principalmente para quem estoca por períodos maiores. Os riscos existem e devem ser mitigados.

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